Um livro sobre viver, ser, estar e
amar.
Não lembro onde descobri esse livro, só lembro que
desde a primeira leitura da sinopse me interessei, afinal a trama é bem ousada:
uma pessoa que todo dia é um alguém diferente. Não lembro se o comprei ou se o
ganhei, só sei que o tenho e que demorei bastante para terminá-lo, me arrependo
disso.
A,
como nosso querido narrador e personagem principal se autodenominou, é um
"viajante"; a cada amanhecer, ele pega emprestado a vida de uma
pessoa, e essa pessoa é sempre da mesma faixa etária que ele - uns 16/17 anos.
Até que um dia ele acorda no corpo de um garoto e se apaixona pela namorada
dele. É aí que tudo muda.
Ao se apaixonar por essa garota, A muda
seus hábitos e começa a reacender esperanças que haviam sido esquecidas há
tempos.
O livro se passa justamente nesse
período, nesse momento clímax de sua existência. Como ficar perto dela se a
cada dia seu exterior mudava? E só lendo para descobrir. Não é um romance
meloso, é realista (na medida do possível) e não há momentos forçados ou
idealizados demais. Foi o que mais gostei na história, a naturalidade que tudo
me passou.
Durante as trocas de corpos, podemos
ter de presente diversas reflexões feitas por David Levithan, sobre coisas
pequenas e grandes da vida. Como o fato de que somos sortudos por termos as
mesmas pessoas ao nosso redor, na maior parte do tempo; ou como a confiança é a
coisa mais importante nas relações; ou o fato de que "estar lá" é
essencial.
A,
através de seu sofrimento, compaixão e altruísmo, nos leva a pensar sobre tudo.
Tudo.
E no geral o livro é bem triste, bem
triste mesmo. O escritor consegue passar toda a angústia de se ter uma vida
diferente a cada dia, de não ser capaz de amar e ser amado reciprocamente, de
construir relações, de construir memórias.
Posso dizer que esse livro entrou para
os meus preferidos e vai ser indicado pra todos aqueles que eu puder indicar
(começando por vocês).
E sobre o desfecho: é o tipo de
finalização que acaba com você emocionalmente, e ainda deixa milhões de
incógnitas, mas não de um jeito ruim, de um jeito bom. Você mesmo pode
continuar a história. Porque afinal, a vida é assim; as coisas acabam porém
sempre há um continuação. Vivemos num círculo, como disse Raphael Draccon em
Dragões de Éter (♡),
e o círculo nunca termina, ele sempre se renova. Mesmo após a morte,
há continuações. Então é quase impossível um autor dar um desfecho concreto pra
uma história.
Uma das minhas frases preferidas da
obra foi:
Obrigada pela experiência, A e
Sr. Levithan.
Bom, como gostei bastante da escrita do
David, já coloquei diversos livros dele na lista de "desejados" lá no Skoob. O autor já tem 17 livros
publicados, e entre os mais conhecidos pode-se citar:
- Will & Will, escrito em parceria com
o John Green.
- Nick & Norah - Uma Noite de Amor e Música,
que virou filme! Os atores principais são Michael Cera (Juno, Scott
Pilgrim Contra o Mundo, Superbad - é hoje) e Kat Dennings (2 Broke Girls,
A Casa das Coelhinhas). Ainda não assisti mas parece ser muito legal, veja
o trailer aqui.
E os que me chamaram mais atenção:
Pelas sinopses dos livros e a partir da
leitura de Todo Dia, posso dizer que David Levithan é inovador e
destemido.
Espero
que essa resenha tenha inspirado vocês a irem atrás desse cara hahahah; e se
alguém já tiver lido algo do David, seja Todo Dia, Will & Will, qualquer
um, fique a vontade de deixar sua opinião nos comentários. Gosto muito de ler
pontos de vista diferentes!
Até
o próximo post!
Estou comentando como sua leitora! Gostei muito da resenha!! Resenha boa é essa que desperta em nós a vontade de conhecer a coisa citada, que no caso é o livro. Desses que você citou aí, eu só conheço Will & Will, mas vou visitar os links pra ver sobre os outros.
ResponderExcluirAww, Mi! Obrigada <3 E visite os outros sim, um mais criativo que o outro (pelo menos parecem né hahaha)
ExcluirParece bem interessante! O enredo é super original, só por isso já deve valer a pena :)
ResponderExcluirO enredo é muito inesperado! E vale a pena por tudo, sério ;)
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